Fui entrevistado e respondi oito perguntas sobre música e profissão para um site e resolvi compartilhar com os leitores deste blog estas perguntas.
Alguns pontos podem ser interessantes, ou saciar curiosidades para outros sobre ser músico, sobre a maneira como vejo algumas questões e sobre a profissão.
Você vai ler por aqui
1) Há quanto tempo você possui uma paixão pela música, pelo seu instrumento preferido e/ou técnica musical?
A paixão pela música veio aos poucos. Nada daquela ideia romântica de ter nascido com o dom ou talento.
Comecei a estudar música na adolescência aos 14 anos (bem tarde para alguns) e desde então venho nutrindo essa paixão, essa vocação por anos. Assim, a ideia de música e profissão foram se aproximando e pude enxergar como viver de música.
Posso dizer que continuo aprendendo e nesta trajetória o PROFESSOR DE MÚSICA foi e continua sendo essencial.
Praticamente todo dia aprendendo coisas novas. Pelo violão, meu instrumento, foi também na adolescência que comecei a estudar.
Mas tive o privilégio de conhecer bons professores desde o início, pude estudar música com eles, frequentar concertos dos mais variados instrumentos e ver vários shows de música popular.
Ter amigos e colegas com quem podia partilhar os interesses também foi e continua sendo importantíssimo. Por isso, posso dizer que depois destes anos a paixão é pela música mesmo, não importa o estilo musical!
2) Qual música pode pode ouvir no repeat sem se cansar (ou ficar doido)?
No geral desde que eu goste da música, posso colocar no repeat qualquer uma. Depende do momento.
Mas no ano passado, 2018 ouvi inúmeras vezes a ária das variações Goldberg de J.S Bach.
E em 2017, a música que mais ouvi foram as músicas de Clarice Assad.
No meu blog há uma lista das músicas que mais ouvi nos últimos 4 anos. Clique no texto em vermelho em destaque ou acessem andersonreiss.com.br para lerem o texto onde falo com detalhes sobre isso.
3) Conte-nos sobre a aula mais difícil ou desafiadora que você já deu !
A aula mais desafiadora aconteceu há poucos dias, tive que preparar estratégias que pudesse abordar vários tipos diferentes de alunos, contemplando a diversidade de cada um para ensiná-los música e percepção musical.
Passei muitas horas relembrando, lendo, estudando, pesquisando em arquivos pessoais, artigos científicos, seminários e vendo vídeos para preparar estas estratégias.
Fiquei muito nervoso durante a preparação da aula e também durante à aula. Estava sendo avaliado. Mas no final consegui dar uma boa aula, fui bem avaliado e fiquei feliz por passar por este desafio.
4) Qual, na sua opinião, é o instrumento/técnica vocal mais difícil de tocar/aprender e por quê?
O instrumento mais difícil é o próprio corpo.
Pois é preciso aprender movimentos novos, refinar os já apreendidos, sentir, observar, conseguir se auto-avaliar, conseguir se ouvir, relaxar durante o aprendizado ou a prática, aprender a respirar conscientemente.
Manter-se concentrado por longos períodos, ter disciplina para voltar e praticar todos os dias. O instrumento mais difícil é o domínio do próprio corpo. Por essa razão considero o instrumento mais difícil.
5) O que você considera ser a chave para o sucesso do aprendizado?
Persistência! Não importa o quão difícil é. Realizar a tarefa repetidas vezes, dia após dia, é que é a chave ou tal segredo.
Não pare, tenha um professor para te ajudar e orientar nos estudos . Com o tempo os resultados vêem.
6) Cite três artistas que você amaria compartilhar um palco junto! 😀
Só três é pouco hein?! Mas se pudesse dividir com o duo Assad, Mônica Salmaso e o Iron Maiden seria pra lá de interessante, seria mágico! Seria inesquecível! Só aí já foram uns 7 artistas.
Mas há tantos artistas e amigos fodas que me inspiram que só de ter a oportunidade de fazer música juntos já é um grande aprendizado.
7) Divida conosco uma história engraçada referente à sua profissão…
Engraçadas são várias e acontecem quase todos os dias. Mas lembro de uma que aconteceu num momento de lazer, ao assistir um recital de violão que foi única.
Estava assistindo um concerto de violão e no momento das palmas, quando o violonista se levanta e agradece o público, a calça do violonista começou a cair e ele rapidamente conseguir segurar.
Foi engraçado demais, mas no final todos riram.
Lembro também de ver um concertista renomado de violão, que ao finalizar o seu concerto, guardou o violão no camarim e quando foi retornar para apreciar outros concertistas da noite, eis que ele surge, repentinamente “trupicando” e quase caindo.
Imaginem, um sujeito grande e alto aparecendo desta maneira. A platéia de fãs sem entender começou a aplaudir mais forte para que ele não ficasse sem graça.
Ainda bem que foi só um susto e ele não caiu e nem se machucou.
8) Qual seu segredo para ser um professor com um fã clube de alunos?
É gostar genuinamente de ajudar as pessoas a descobrir um pouco mais sobre música.
Sentir-se feliz com o aprendizado do aluno, felicitar-se com as pequenas vitórias que são percebidas em cada aula. Isso por si só já atrai a energia necessária para o envolvimento com cada aluno.
Assim, passando essa energia positiva, que a música pode gerar, os alunos aparecem, indicam e falam bem da aula e da pessoa que, eventualmente, o professor possa ser.
Se você achou algo interessante sobre o que respondi sobre música e profissão, e gostaria de comentar ou perguntar escreva na área reservada aqui desta página. Participe e deixe eu saber o que você pensa.
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