Retratos da Canção –  duo de canto e violão

Anderson Reis e Valquíria Gomes apresentam o concerto para canto e violão em centros culturais de Belo Horizonte

Concerto “Retratos da Canção Brasileira” revisita origens da música popular brasileira

O recital “Retrato da Canção Brasileira”, do duo de canto e violão Valquíria Gomes e Anderson Reis, consiste em uma série de 15 concertos didáticos que serão apresentados no meses de agosto e setembro em centros culturais da Prefeitura, em diferentes regionais da cidade de Belo Horizonte.

De Alberto Nepomuceno à Tom Jobim, o recital se volta ao surgimento e ascensão da canção brasileira, explorando principalmente as músicas de câmara, como são chamadas as peças compostas para serem executadas por um número reduzido de instrumentos ou vozes na atmosfera íntima de pequenas salas e pequenos públicos.

https://youtu.be/jkmaDYfY12w

A busca pela identidade nacional

No fim do século XIX, havia um consenso entre os críticos musicais brasileiros de que a língua portuguesa era inadequada ao belcanto, que deveria ser realizado sempre em italiano. Qual não foi a polêmica quando em 1895 o compositor cearense Alberto Nepomuceno (1864-1920) realizou um concerto no Instituto Nacional de Música apresentando uma série de canções em português, de sua autoria. Na época, mediante as críticas, Nepomuceno afirmaria:  “Não tem pátria um povo que não canta em sua língua”.

O nacionalismo na música ganha novo fôlego algumas décadas depois com Heitor Villa-Lobos (1887-1959), cujas composições ao mesmo tempo que seguiam a tradição erudita européia bebiam da fonte do folclore e das expressões regionais da musicalidade brasileira, criando uma linguagem musical sincrética, complexa e individual.

Intercâmbios entre o erudito e o popular

Se na busca pela constituição de uma música brasileira, compositores eruditos como Villa-Lobos e Nepomuceno incorporaram em suas peças aspectos populares como ritmos e lendas, por outro lado, é verdade também que há músicas que na era de ouro do rádio tiveram status de popular e hoje são consideradas eruditas.

“Antigamente a voz nas canções de rádio era mais impostada. A partir de João Gilberto principalmente, a música popular ganhou uma nova forma de cantar. A projeção que antes era o foco, perdeu significado devido aos avanços tecnológicos e do surgimento de novos estilos como a bossa nova, ficando mais próximo da voz falada, mais fluida. Com isso, o público foi se distanciando do repertório que envolvia a maneira “lírica” de cantar. Logo, o que era popular no começo do século, hoje ganha ares de “erudito”, explica Valquíria Gomes, a voz do duo.

Na construção do concerto didático, Valquíria Gomes e Anderson Reis selecionaram temas recorrentes no cancioneiro nacional, que serão apresentados através de retratos musicais. Além do nacionalismo (Facetas Nacionais) e de músicas que revelam o fluxo entre o popular e o erudito (Entre Salões e Ruas), mais três temas foram eleitos: “Amor pelas décadas”; “Natureza em canto” (que revela a presença constante da exaltação da natureza como poesia e metáfora para outros sentimentos) e “Chora Viola” (ode à representação do violão e do violeiro,  um dos ícones marcantes da música brasileira e imagem recorrente no cancioneiro popular).

Duo de canto e violão

Valquíria Gomes graduou-se em Canto Lírico na Universidade Federal de Minas Gerais e é Mestre em Ópera pela Hochschule für Musik Franz Liszt, em Weimar (Alemanha), sob orientação do professor Michael Gehrke.

Em sua carreira, já́ caracterizou personagens principais em diversas óperas – no Brasil e na Alemanha –, como Dido e Eneias (Belinda),
Apolo e Jacinto (Melia), Il Mondo Della Luna (Flamínia), A Flauta Mágica (Pamina) e Gianni Schicchi (Lauretta). Como solista em concertos sinfônicos, interpretou peças como o Réquiem, de Mozart, a Cantata nº 202, de J. S. Bach, e o Second Sacred Concert, de Duke
Ellington.

Colaborou com regentes renomados como Helmuth Rilling, Hans-Christoph Rademann, Rolf Beck e Joshard Daus. Participou de masterclasses com María Cristina Kiehr, Thomas Thomaschke, Gerd Uecker, Susanne Bernhard, Vesselina Kasarova, entre outros. A
soprano faz parte do projeto de pesquisa e performance “Retratos da Canção Brasileira”, com o violonista Anderson Reis. É membro do Coro da Osesp desde abril de 2019.

Mestre e Bacharel em música/violão pela UFMG o violonista Anderson Reis, além do Duo Canto e Violão, foi membro do Quarteto Corda Nova e do Duo de Violões com Leonardo Araújo. Foi selecionado no Programa Jovem Músico BDMG 2011, já se apresentou por três vezes na TV Assembleia e em recitais e festivais diversos, como nas edições de 2010 e 2011 do Festival de Inverno de Ouro Branco.

                Juntos nesta formação desde 2011,  Valquíria Gomes e Anderson Reis  têm se dedicado ao repertório de canções brasileiras, difundindo o material que foi encontrado e trabalhado sendo orientados pelo professor Flávio  Barbeitas, da Escola de Música da UFMG.

Vídeos das apresentações

Ouça algumas gravações

Fotos das apresentações em Centros Culturais

Clipping

Clipping Retratos da Canção Brasileira em Centros Culturais de Belo Horizonte

Entrevista para a Rádio Educativa da UFMG – Retratos da Canção da Brasileira

Entrevista na íntegra para o programa Conexões da Rádio educativa UFMG sobre os recitais de Canção Brasileira de câmara que foi realizado em todos os centro culturais de Belo Horizonte com a série de 15 concertos – Retratos da canção brasileira

 

Entrevista sobre a série Retratos da canção brasileira para o programa Revista da tarde

Entrevista concedida para Débora Rajão para o programa da Rádio Inconfidência – Revista da tarde no quadro Revista Musical

 

 

 

Virada Cultural de Belo Horizonte 2022

 

//youtu.be/5ddrF9J2vMg

Retratos da Canção -  duo de canto e violão 15

Série de 7 Recitais de Canto e violão nos centros culturais de Belo Horizonte

Instagram com as últimas informações sobre o duo

Clique Aqui e Saiba Mais

 

 

Canto Violão para eu Sonhar – Cinco canções para canto e violão de Lorenzo Fernandez

Projeto Arte Salva